September 11, 2015


De Bob Fernandes

Amigas, amigos:
Lembram daqueles Revoltados de restaurante 5 estrelas que chamaram o Mantega de "ladrão", "palhaço" e "sem vergonha" há 4 meses? Eram os empresários João Locoselli e Marcelo Melsohn.
Chamados à Justiça para confirmar ou não o que disseram, pediram perdão, como relata Mônica Bergamo.
Um dos Revoltados, Marcelo, disse que agiu "irrefletidamente" e que o ex-ministro é "probo, honesto e digno".
O outro, João, ao assinar o pedido de desculpas, afirmou não saber de nada que possa " desaboná-lo (a Mantega) em sua vida pública".
Fim desse caso.
Lições elementares e que, ampliadas, valem para outros personagens que estão além desse episódio.
Lições que valem para presepeiros em geral, trolls, fakes, valentões orais e fascistas de qualquer latitude ou longitude.
É direito de todos o de considerar Mantega, personagem desse caso, o pior ministro da História etc...
Todos temos o direito da mais dura crítica a quem quer que seja. Mas caluniar, injuriar, ofender, agredir, é crime e como tal deve ser tratado.
Ignorância, truculência e ódio podem até ser armas na Política, e têm sido, mas nem por isso deixam de ser ignorância, truculência e ódio.
Transformar ressentimentos, recalques e frustrações pessoais - ou mesmo só natural boçalidade- em combustível político é fato cada vez mais presente no debate público, nesse infindável e obtuso Tom & Jerry, Frajola e Pi Piu.
É combustível político, mas nem por isso deixa ser, e produzir, os efeitos que produzem a ignorância, o recalque, os ressentimentos, as frustrações e a boçalidade oca.
É preciso saber distinguir o que é o dever de participar, lutar, cobrar, criticar, ser cidadão, do que é apenas o impulso egoico de ser "protagonista".
O dever exige atitudes objetivas.Pede ações práticas para além das palavras, cabe em manifestações nas ruas e em grupos, mas também, ou ainda mais, no dia a dia, no cotidiano.
Quando amparado na beligerância, no ódio, como instrumento para dar vazão a motivações profundas e obscuras, esse impulso do "protagonismo" pede terapias. Ou tarjas.

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